Nesta breve porém profunda coletânea de estudos, o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho avalia a tradição do pensamento brasileiro, aponta as lacunas e os pilares que a constituem e esboça um sombrio prognóstico. A coletânea reúne a conhecida conferência dada na UNESCO em 1997, “Os mais excluídos dos excluídos”, entrevistas e ensaios introdutórios às obras de dois dos maiores intelectuais que o Brasil já teve: Otto Maria Carpeaux e Mário Ferreira dos Santos. Com estilo vigoroso e análise impiedosa, Olavo comenta a (possível) alta cultura brasileira fundamentalmente a partir de seus maiores expoentes: os já citados Mário Ferreira e Otto Maria Carpeaux, e também Miguel Reale e Gilberto Freyre.
Sobre o autor
Olavo de Carvalho, nascido em Campinas-SP, em 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia “científica”. Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica.
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