“Julgo que na escola, assim como na vida, só uma coisa é digna de ser oferecida à alma humana: aquilo que, honestamente, se considera verdadeiro.”
O melhor que um educador pode fazer é ensinar aquilo que é efetivamente objeto de suas meditações na vida real. Mas até que ponto temos o direito de agir com as crianças como verdadeiros educadores? Não é possível que aquilo que chamamos de “nossos princípios” se reduza a opiniões individuais? Teremos o direito de ir além do ensino dos fatos, que é, afinal, o que as famílias esperam de nós? Uma coisa parece incontestável: é impossível evitar essas questões, pois a influência da escola se dá tanto sobre o caráter quanto sobre a inteligência. E, já que essa influência existe, é preciso fazer com que seja boa.
Nas conferências aqui publicadas, o filósofo Émile Boutroux analisou as mais importantes idéias morais de nossa civilização: a moral grega ou estética, a moral cristã ou religiosa, e a moral moderna ou científica, e investigou de que maneira elas se complementam ou contrariam. Tratou, também, de importantes questões práticas da educação, como as motivações para o estudo e a leitura em voz alta, e acabou compondo um livro indispensável para pais e professores, que é, sobretudo para nós brasileiros, surpreendentemente atual.
Sobre o autor
Émile Boutroux (1845 – 1921) foi um notável filósofo e historiador da ciência, da religião e da filosofia. Graduado pela Universidade de Heidelberg, lecionou nas universidades de Montpellier e Nancy, tendo por alunos Henri Bergson e Émile Durkheim. Da sua abundante bibliografia, destacam-se ‘Leibniz: la monadologie’ (1881) e ‘Sciense et religion dans la philosophie contemporaine’ (1908).
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