Roger Scruton explora o lugar ocupado por Deus num mundo em que a crença no divino é rejeitada, considerada um sinal de imaturidade emocional e intelectual. Este livro é uma resposta à cultura ateísta que cresce hoje à nossa volta, e também uma defesa da singularidade humana. Ele refuta a afirmação de que não existe propósito no mundo natural, e argumenta que o sagrado e o transcendental são “presenças reais”, por meio das quais os seres humanos podem se conhecer e encontrar tanto sua liberdade quanto sua redenção.
No rosto humano encontramos um paradigma de significado. E a partir dessa experiência, diz Scruton, construímos o rosto do mundo e também nos dirigimos ao rosto de Deus. Encontramos no rosto a prova da nossa liberdade e a marca da autoconsciência. Uma das motivações da cultura ateísta é escapar do olho que julga. Escapamos do olho que julga apagando o rosto, e isso, afirma Scruton, é o aspecto mais perturbador da época em que vivemos. O autor explica que a crescente sensação de destruição que experimentamos, bem como nossos hábitos de busca de prazer e consumismo, apagam o rosto do mundo. Este livro defende o mundo consagrado de um hábito de profanação e oferece uma visão do modo religioso de viver em tempos de provação.
Sobre o autor
Roger Scruton é um dos mais importantes filósofos da atualidade, membro da Royal Society of Literature e condecorado com a medalha da Ordem do Império Britânico. Foi por mais de vinte anos professor na Universidade de Londres e lecionou nos últimos anos de vida na Universidade de Buckingham. Foi um pensador extremamente ativo, já havendo, além das suas produções acadêmicas e participações na imprensa, escrito romances, composto óperas e gravado um documentário para a BBC chamado Por Que a Beleza Importa? Concentrou-se academicamente em filosofia da arte, compondo o conselho editorial do British Journal of Aesthetics. É autor de best-sellers em estética e em filosofia política e foi o fundador da revista de orientação conservadora The Salisbury Review. Durante a Guerra Fria, empenhou-se pessoalmente no estabelecimento de universidades e centros acadêmicos clandestinos em países da Europa Central que então pertenciam à URSS.
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