Este brilhante ensaio, cuja densa erudição nunca exclui nem habilidade nem ironia, começa com um delineamento do amor cortês. C. S. Lewis sustenta que não se trata de um simples episódio superado da história literária, como já ficaram para trás as peculiaridades do verso escáldico ou da prosa culterana. Pelo contrário, existe uma continuidade inconfundível, uma verdadeira conexão entre as canções de amor provençais e a poesia do amor cortês da Idade das Trevas e entre elas – através de Petrarca e outros – e aquelas da época presente.
Depois de ocupar-se, em capítulos específicos, da história do
método alegórico e de O Romance da Rosa, Lewis consagra o resto do livro ao ramo inglês dessa família literária e só se aprofunda em outras literaturas na medida em que estas se relacionam com o desenvolvimento daquela. Sua análise acurada dos grandes poetas ingleses dos séculos XIV ao XVI abarca desde Langland ao Chaucer dos sonhos e das alegorias, do romance do amor e do debate erótico de grande estilo e ensino proveitoso, a Cower e seu Confessio Amantis; a Thomas Usk e seu Testamento do Amor,- a Lyndgate; e aos chaucerianos, para concluir com A Rainha dus Fadas, de Edmund Spenser.
Sobre o autor
C. S. Lewis foi o célebre criador d’As Crônicas de Nárnia e apologista autor do clássico Cristianismo Puro e Simples foi também um importante acadêmico. Professor em Oxford e Cambridge, conhecia em profundidade a literatura inglesa medieval e renascentista. Foi grande amigo de J. R. R. Tolkien, autor d’O Senhor dos Anéis, e também se relacionou com T. S. Eliot, G. K. Chesterton e Owen Barfield. Influenciou personalidades como a primeira-ministra do Reino Unido Margareth Thatcher e foi interpretado no cinema por Anthony Hopkins, no filme Shadowlands.
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