O imbecil coletivo é um clássico. Dos mais demandados títulos do Brasil. É preciso, no entanto, correr para que essas duas sentenças não sejam compreendidas pelo que não querem dizer. Correr para explicar que: 1) sim, este livro é reedição de uma obra clássica, cultuada, vendida a preço de ouro em sebos etc.; 2) e que tudo isso se dá sem prejuízo de que também seja obra de espantosa, assustadora, atualidade. O Brasil está todo explicado no volume que ora se folheia – o Brasil de 2018 tanto quanto o de 2028. É verdade que algumas personagens caducaram. Não importa. (Ninguém sentiu falta.) Outras da mesma natureza lhes ocuparam o lugar. (Ninguém notou.) Não importa. A matéria do exame de Olavo de Carvalho está acima de fulanizações: é o conjunto de mentalidades que rebaixou o país à indigência moral, à miséria intelectual.
Sobre o autor
Olavo de Carvalho, nascido em Campinas-SP, em 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia “científica”. Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica.
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