Em “O Bode Expiatório”, René Girard, um dos críticos mais profundos e originais do nosso tempo, prossegue a sua reflexão sobre o mecanismo sacrificial, ao qual devemos, do ponto de vista antropológico, a civilização e a religião, e, do ponto de vista histórico e psicológico, os fenómenos de violência coletiva de que o século XX foi a suprema testemunha e que mesmo hoje ameaçam a coabitação dos humanos sobre a Terra. A arrojada hipótese girardiana da reposição da harmonia social, interrompida por surtos de violência generalizada, através da expiação de um bode expiatório constitui uma poderosa e coerente teoria da história e da cultura.
Sobre o autor
Esse imortal da Academia Francesa, chamado por alguns “o Darwin das ciências humanas”, revolucionou os estudos em antropologia, literatura comparada, história das religiões e psicanálise com a sua Teoria Mimética. Suas dezenas de livros articulam e revisitam brilhantemente obras grandes e díspares como as de Lévi-Strauss, Marcel Mauss, Miguel de Cervantes, Dostoiévski, Mircea Eliade, Rudolf Otto, Sigmund Freud, Jacques Lacan e muitos outros. Foi professor da Universidade de Stanford, nos EUA. Faleceu em 2015.
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