Uma das obras mais aclamadas de George Orwell, “A fazenda dos bichos” é uma espécie de fábula para adultos. Pensador honesto e destemido, ferrenho crítico dos abusos e crimes cometidos pelos mais diversos regimes totalitários do século XX, simpatizante das ideias socialistas e, não obstante, defensor dos valores milenares da democracia ocidental, o escritor inglês fala nesse romance, de modo tão sutil quanto irrefutável, da revolução comunista de 1917 e dos acontecimentos dramáticos que lhe sucederam, da liberdade e da opressão que sempre andam de mãos dadas. Acaba criando uma profunda alegoria, porém não se enganará quem o ler tendo em mente aquele ditado russo de que, seja qual for a fantasia, há nela uma alusão à realidade. “O que está descrito em meu livro é fabuloso, mas não impossível”, parece dizer Orwell, com seu costumeiro sorriso triste e jocoso. “Cuidado aí, leitores!”.
Sobre o autor
GEORGE ORWELL, pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em Motihari, Bengala, Índia, em 1903. Filho de um funcionário da administração britânica do comércio de ópio, estudou em colégios tradicionais na Inglaterra. Na década de 1920, foi agente da polícia colonial na Birmânia. Nos anos seguintes, publicou diversos romances, ensaios e textos jornalísticos. É considerado um dos escritores mais importantes do século XX. Morreu em Londres, vítima de uma tuberculose pulmonar, em 1950, aos 46 anos.
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