Em tradução portuguesa (Edições 70), essa obra apresenta uma defesa da alta cultura contra os ataques do desconstrutivismo e demais correntes dos chamados Estudos Culturais. Para o autor, toda a cultura tem raízes religiosas e é manifestação do religioso, elemento civilizacional fundador. Scruton vê na alta cultura o substituto da fé num mundo descrente como aquele a que o Iluminismo deu lugar. Como outrora à fé, caberia à alta cultura dar sentido à vida e constituir-se como a base de uma sociedade coesa. Scruton faz ainda um ataque cerrado ao pós-modernismo e uma lúcida crítica da cultura pop massificada, apresentando um panegírico de Baudelaire, Wagner e T. S. Eliot, e desautorizando figuras como Derrida e Foucault, na filosofia, ou Oasis, Nirvana e The Prodigy, na cultura popular.
Sobre o autor
Roger Scruton é um dos mais importantes filósofos da atualidade, membro da Royal Society of Literature e condecorado com a medalha da Ordem do Império Britânico. Foi por mais de vinte anos professor na Universidade de Londres e lecionou nos últimos anos de vida na Universidade de Buckingham. Foi um pensador extremamente ativo, já havendo, além das suas produções acadêmicas e participações na imprensa, escrito romances, composto óperas e gravado um documentário para a BBC chamado Por Que a Beleza Importa? Concentrou-se academicamente em filosofia da arte, compondo o conselho editorial do British Journal of Aesthetics. É autor de best-sellers em estética e em filosofia política e foi o fundador da revista de orientação conservadora The Salisbury Review. Durante a Guerra Fria, empenhou-se pessoalmente no estabelecimento de universidades e centros acadêmicos clandestinos em países da Europa Central que então pertenciam à URSS.
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