“A cabeça da minha geração foi moldada na supressão e na mutilação. Autores, livros, idéias, fatos eram selecionados segundo um recorte prévio destinado a confirmar o discurso pronto”.
O quarto volume da série O que restou do Imbecil se compõe de todos os artigos que Olavo de Carvalho publicou no ano de 2001, cujo acontecimento mais marcante foi, sem dúvida, o ataque às torres gêmeas do World Trade Center. Além dele, o autor narra também o avanço, no Brasil, tanto do comunismo como da Nova Ordem Mundial, servindo-se dos eventos sempre como pretexto para explicitar princípios cognitivos, éticos e políticos, e posicionando-os num quadro mais amplo da história — expediente este que, segundo ele, estava em extinção na “classe falante” do Brasil, que, em vez disso, prefere zurrar de sua cátedra: “Nunca ouvi falar; logo, você está errado”.
É esse ilustre personagem coletivo, batizado de “irracional superior”, que empresta agora seu nome ao livro no qual se verá descrito. “Tal personagem já está entre nós. Converse dois minutos com ele e emburre para sempre”.
Sobre o autor
Olavo de Carvalho, nascido em Campinas-SP, em 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia “científica”. Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica.
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