“Está definitivamente estabelecido, entre os homens competentes para formar um juízo, que Aristóteles foi o homem que possuiu a melhor educação, entre todos os que já passaram pela superfície da Terra. Ele ainda é, como na época de Dante, o “mestre dos que sabem”. Portanto, não é sem razão que o consideramos, não apenas como o melhor expoente da educação antiga, mas como um dos guias e exemplos mais dignos da educação em geral.
Ao me comprometer a tratar de Aristóteles como expositor dos ideais antigos da educação, eu poderia simplesmente ter apresentado de forma ordenada, com alguns poucos comentários, aquilo que pode ser encontrado sobre o tema da educação em suas várias obras — Política, Ética, Retórica, Poética etc. Julguei melhor, porém, traçar brevemente toda a história da educação grega até Aristóteles e a partir de Aristóteles, para mostrar o passado que condicionou suas teorias e o futuro que foi condicionado por elas. Só assim, parecia-me, seus ensinamentos poderiam ser vistos sob uma luz adequada.”
— Thomas Davidson
Sobre o autor
Thomas Davidson (1840–1900) nasceu na Escócia de família presbiteriana, graduou-se na Universidade de Aberdeen em 1860, e foi diretor e professor em muitas escolas, na Inglaterra, Canadá e Estados Unidos. Era versado em muitas línguas estrangeiras, como alemão, espanhol, francês, italiano, latim, árabe e grego, e fez muitas viagens pelo mundo. Quando esteve na Grécia, estudou arqueologia, e traduziu para o inglês em versos hexâmetros os Fragmentos de Parmênides (1869). Quando esteve na Itália, estudou filosofia e teologia escolástica, e especialmente a obra de Antonio Rosmini, sobre quem escreveu e de quem traduziu várias obras, e trabalhou no Vaticano numa nova edição de Santo Tomás. Quando faleceu, em Montreal no Canadá, Davidson estava fazendo encontros semanais com jovens da zona leste de Nova York, na Educational Alliance, para tratar de história, literatura e filosofia. Ele pretendia constituir ali o “Breadwinners’ College”. É lembrado também por ter desenvolvido, com base em Aristóteles, a filosofia do “apeiroteísmo”.
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