As Revoluções Americana e Francesa marcaram profundamente a história moderna, cada uma à sua maneira. A americana deu origem aos Estados Unidos, lançando as bases do constitucionalismo e da democracia representativa. Já a francesa, mais intensa e violenta, transformou a estrutura política europeia, redefiniu as relações entre Estado e Igreja e espalhou o ideal de soberania popular.
Pensador conservador, Friedrich Gentz foi um dos primeiros observadores desses dois momentos históricos e os analisou com atenção. Embora crítico de mudanças radicais, via a Revolução Americana como um movimento legítimo, que buscava restaurar direitos constitucionais sem recorrer à violência excessiva nem impor suas ideias a outros povos. Em contraste, condenava a Revolução Francesa por seu radicalismo e repressão.
Gentz também apontava os erros britânicos que levaram à rebelião americana, como a taxação sem representação e o monopólio comercial, reforçando sua visão de que os americanos lutavam por princípios tradicionais ― não por uma revolução social.
Sobre o autor
Friedrich Gentz (nascido em 2 de maio de 1764, Breslau, Silésia, Prússia [hoje Wrocław, Polônia] — falecido em 9 de junho de 1832, Viena, Áustria) foi um jornalista político alemão, famoso por seus escritos contra os princípios da Revolução Francesa e de Napoleão, e como conselheiro confidencial de Metternich. Embora plebeu, às vezes se considerava nobre, tendo recebido o título de cavaleiro sueco em 1804.
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