Considerado um dos maiores escritores franceses, Victor Hugo se afasta dos temas políticos e sociais presentes em suas grandes obras (como Os miseráveis e O corcunda de Notre-Dame) para tratar aqui, com seu particular dom poético e grande compaixão, de uma outra luta inevitável do homem: a contra a natureza. Escrito durante o exílio e bem recebido em sua época, Os trabalhadores do mar narra a história do jovem Gilliatt, apaixonado pela bela Déruchette, que se arrisca mar adentro pela amada, enfrentando o fluxo das ondas e da sorte.
Os Trabalhadores do Mar (1886) é considerado por muitos críticos como a verdadeira obra-prima deste autor. Na abertura da obra, Hugo escreveu: “Dedico este livro ao rochedo de hospitalidade e de liberdade, a este canto da velha Normandia onde vive o nobre e pequeno povo do mar, à Ilha de Guernesey, serena e branda, meu atual asilo, meu provável túmulo”.
Sobre o autor
Victor Hugo nasceu em 26 de fevereiro de 1802, em Besançón. Foi educado por vários tutores e estudou em escolas privadas, sempre demonstrando uma inteligência precoce. Tornou-se escritor aos 15 anos, e logo assumiu um lugar excepcional na história da literatura ocidental, dominando todo o século XIX graças a sua fecunda genialidade e à diversidade de sua produção. Escreveu desde poesia lírica, satírica e épica, até romances e dramaturgia em prosa e em versos. Chegou a ser considerado poeta oficial da nação francesa. Em 1827 redigiu o famoso Prefácio de Cromwell, tido como o manifesto do movimento romântico na França. Outras de suas obras fundamentais são O Último Dia de Um Condenado (1829), Notre-Dame de Paris (1831) — ambas também publicadas por esta casa —, Os miseráveis (1862) e Os Trabalhadores do Mar (1866). No final da carreira, passou um longo período no exílio, por oposição ao império de Napoleão III. Faleceu em 22 de maio de 1885, em Paris.
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