Uma mesma ideia transpassa os vários capítulos deste volume, e é explicada por eles desde pontos de vista diferentes. Ela pode ser resumida assim: Os estudantes estão vivos, e o propósito da educação é estimular e guiar o seu autodesenvolvimento. E segue-se, como corolário dessa premissa, que os professores também devem estar vivos, e com pensamentos vivos. Todo o livro — composto de palestras que Whitehead pronunciou entre 1912 e 1928, nas quais tratou, entre outros temas, do lugar dos clássicos na educação, do ensino da matemática e da função da universidade — é um protesto contra o conhecimento morto, isto é, contra as idéias inertes.
“Como nos proteger dessa podridão mental em nosso sistema educacional? Temos dois mandamentos educacionais: Não ensinarás muitas disciplinas e O que fores ensinar, ensina tudo. Fragmentos de informação não têm nada a ver com cultura, e o resultado do ensino de pequenas partes de um grande número de disciplinas é a recepção passiva de idéias desconexas, sem nenhuma centelha de vitalidade. Um homem apenas bem-informado não serve para nada”.
Sobre o autor
Alfred North Whitehead (1861–1947) nasceu em Ramsgate, pequena cidade costeira do condado de Kent, na Inglaterra. Filósofo, lógico e matemático, ingressou no Trinity College da Universidade de Cambridge em 1880. Entre 1910 e 1913 publicou os três volumes de sua obra Principia Mathematica, um dos trabalhos sobre o tema mais importantes do século XX, escrito com a colaboração de seu aluno Bertrand Russell. Em 1924 foi convidado para lecionar na Universidade Harvard. É considerado o criador da “filosofia do processo”, que entende a mudança não como algo ilusório ou acidental, mas como a própria realidade metafísica. Aposentou-se em 1937 e permaneceu nos EUA até falecer, em dezembro de 1947.
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