Uma jovem simples, meio sem-graça, humilde e submissa, em sua terra natal. Um jovem cheio de vitalidade, que larga tudo em seu país longínquo e pobre e sai ao mar em busca de esperança e novos rumos, mas se vê de repente náufrago numa terra estranha e hostil. O encontro dos dois é o tema de que se utiliza Joseph Conrad para forjar mais essa obra prima dele, Amy Foster. No que parecia uma existência sombria e sem sentido, o rapaz reencontra a esperança no gesto simples e generoso de Amy Foster, moça por quem se apaixona, numa trama que envolve amor, medo e drama profundo. Mais que tudo, Amy Foster é o relato pungente sobre a hostilidade às vezes desumana com que as pessoas, com muita frequência, tratam tudo o que é diferente delas e causa estranheza a seus hábitos e ideias. Depois de passar vinte anos no mar, em funções de comando de marinha mercante, aproveitando os largos espaços de lazer nas calmarias das viagens à leitura de livros, centenas deles, em várias línguas, especialmente em francês e inglês, Joseph Conrad viveu alguns anos de angústia, às voltas com jogos e mulheres. Mas em seguida instalou-se na Inglaterra e dedicou-se de corpo e alma à arte de escrever. Em poucos anos era elevado pela crítica com o título de um dos mais notáveis escritores de língua inglesa.
Sobre o autor
Józef Teodor Konrad Korzeniowski nasceu em 1857, em Berditchev, Polônia (hoje Ucrânia). Exilado com a família na Rússia, teve o primeiro contato com a língua inglesa através do pai, tradutor de Shakespeare, e outros autores de renome. Após abandonar sua carreira na Marinha, publicou o primeiro livro, A loucura do Almayer. A esse se seguiram doze obras de caráter realista e romântico e 28 narrativas breves. Entre as mais importantes estão Lord Jim (1900), O coração das trevas (1902), Nostromo (1904), entre outras. Joseph Conrad morreu em 1924, na Inglaterra.
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