Com apresentação detalhada do jornalista e escritor José Castello, que traça um rico panorama da vida e obra do autor, ambos os contos são ambientados nas ilhas da Malásia, cenário de algumas das mais belas tramas de Conrad. Karain: uma memória, o primeiro deles, narra a história da obsessão de um chefe guerreiro nativo, em conflito entre o dever de cumprir a promessa de partilhar com um amigo uma operação de vingança e morte, e seu amor à mulher que seria objeto dessa vingança. O segundo, Um posto avançado do progresso, mostra as desventuras de dois brancos coloniais enviados a uma ilha isolada nos Mares do Sul, a fim de conduzir por lá os interesses de sua empresa, supostamente missionária da civilização e do progresso. O percurso dos dois personagens numa realidade que eles desconhecem e, inocentemente, menosprezam é narrada com o profundo espírito humanista que sempre acompanha os textos de Conrad.
Sobre o autor
Józef Teodor Konrad Korzeniowski nasceu em 1857, em Berditchev, Polônia (hoje Ucrânia). Exilado com a família na Rússia, teve o primeiro contato com a língua inglesa através do pai, tradutor de Shakespeare, e outros autores de renome. Após abandonar sua carreira na Marinha, publicou o primeiro livro, A loucura do Almayer. A esse se seguiram doze obras de caráter realista e romântico e 28 narrativas breves. Entre as mais importantes estão Lord Jim (1900), O coração das trevas (1902), Nostromo (1904), entre outras. Joseph Conrad morreu em 1924, na Inglaterra.
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