Este livro é uma tentativa de responder à pergunta: por que o comunismo, apesar dos horrores que cometeu e comete, ainda goza de prestígio no Ocidente e entre os jovens leste-europeus que o não viveram? Por que, ao contrário do nazismo, o comunismo não provoca igual repulsa, mas antes, é ainda visto como solução? Nas palavras de Liiceanu, existem “a ignorância dos que não viveram o comunismo e o medo daqueles que não sabem viver em liberdade”. Tal situação é fruto de um problema comum: a existência de uma memória comunista no leste-europeu e a recusa a ela no Ocidente, levando ao problema central, ainda não resolvido, para a unificação da consciência europeia: o problema da memória do comunismo. O livro apresenta-se principalmente como uma réplica à ilusão comunista, havendo três fatores a alimentar tal ilusão: o esquecimento, a ignorância e a frustração dos que não estão à altura dos desafios da liberdade.
Sobre os autores
Andrei Pleşu, destacado intelectual romeno, graduado em Artes Plásticas e doutor em História da Arte, passou a interessar-se por discussões de ética, política e educação por influência de Constantin Noica. Foi ministro da Cultura e das Relações Exteriores após a queda do regime comunista na Romênia. Integrou a World Academy of Art and Science e a Académie Internationale de Philosophie de l’Art. É doutor honoris causa da Universidade Albert Ludwig de Freiburg im Breisgau e da Universidade Humboldt de Berlim.
Gabriel Liiceanu (nascido em 23 de maio de 1942) é um filósofo romeno. Ele se formou na Faculdade de Filosofia da Universidade de Bucareste em 1965 e na Faculdade de Línguas Clássicas em 1973. Obteve um doutorado em filosofia na Universidade de Bucareste em 1976. Entre 1965 e 1975, Liiceanu foi pesquisador do Instituto de Filosofia, e entre 1975 e 1989 no Instituto de História da Arte. Foi bolsista da Fundação Humboldt entre 1982 e 1984. É gerente da editora Humanitas desde 1990 e professor na Faculdade de Filosofia da Universidade de Bucareste desde 1992. Liiceanu também é membro fundador do Grupo para o Diálogo Social (1990), presidente da Associação Romena de Editores (desde 2000) e membro do conselho científico da Colégio Nova Europa. Entre 1998 e 2001, foi membro do Conselho Administrativo da Televisão Nacional da Romênia.
Horia-Roman Patapievici (nascido em 18 de março de 1957) é um físico e ensaísta romeno que atuou como chefe do Instituto Cultural Romeno de 2005 até agosto de 2012. Entre 2000 e 2005, ele foi membro do Conselho Nacional para o Estudo dos Arquivos da Securitate, defendendo uma maior abertura em relação aos arquivos da Securitate.
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