O livro “O Terror Vermelho – As atrocidades da Revolução Russa”, de Sergei Melgunov, é uma análise profunda do período conhecido como “Terror Vermelho” durante a Guerra Civil Russa (1918-1923). O autor, um historiador crítico do regime bolchevique, documenta os abusos e a repressão praticados pelo governo soviético contra opositores políticos e civis.
O “Terror Vermelho” foi uma política de repressão extrema adotada pelos bolcheviques para consolidar seu poder após a Revolução de Outubro de 1917. Isso incluiu execuções em massa, prisões arbitrárias e outras formas de violência contra “inimigos do povo”, chegando ao número alarmante de 1.766.188 execuções.
Melgunov detalha os métodos brutais usados pela polícia secreta soviética (Cheka), como execuções sumárias e torturas, muitas vezes justificadas como medidas necessárias para proteger a revolução de ameaças internas e externas. O autor utiliza registros oficiais, relatos de testemunhas e documentos secretos para ilustrar a extensão da violência. Ele destaca a publicação de decretos autorizando execuções sem julgamento e telegramas de Lênin que ordenavam medidas violentas contra camponeses e opositores.
Melgunov argumenta que o Terror Vermelho não apenas eliminou a oposição, mas também gerou um clima de medo e repressão que marcou o início do regime soviético, moldando a política da União Soviética por décadas.
O livro é reconhecido como uma obra fundamental para entender os excessos da repressão bolchevique e é amplamente citado em estudos sobre a violência estatal na Rússia soviética. Sua abordagem pioneira foi confirmada por revelações posteriores de arquivos russos.
Sobre o autor
Sergei Melgunov: o historiador que desafiou os bolcheviques Historiador e político russo, Sergei Petrovich Melgunov foi uma das principais vozes da resistência anticomunista após a Revolução Russa de 1917. Preso e condenado à morte pelo regime soviético, teve sua sentença comutada e seguiu para o exílio, onde se tornou uma referência na documentação e exposição da violência de Estado sob Lênin. Sua obra, marcada pelo rigor histórico e pela denúncia ética, consolidou-se como um contraponto essencial às narrativas oficiais sobre a Revolução e a Guerra Civil.
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