No pensamento atual, ter preconceitos (aceitar ideias como verdadeiras, sem questioná-las) significa ser racista, bitolado e retrógrado (dentre outros adjetivos), quando o ideal seria todos serem livres-pensadores e questionarem tudo que lhes ensinam. Nesse livro, porém, Dalrymple aponta que a verdadeira razão para o surgimento desse ideal de liberdade de pensamento é que não queremos ter nossas ações restritas; desejamos poder fazer o que bem entendemos, quando bem entendemos. Influenciados pelo racionalismo de Descartes e Mill, rejeitamos qualquer autoridade sobre nosso comportamento moral, seja essa autoridade a religião, a história ou as convenções sociais, e isso faz com que percamos importantes reguladores de comportamentos antissociais. Se não nos autopoliciarmos, a lei é a única força que pode conter nossos comportamentos antissociais e os conflitos resultantes – o que muitas vezes faz com que governos se tornem autoritários.
Sobre o autor
Anthony Daniels, o psiquiatra britânico que escreve com os pseudônimos Theodore Dalrymple, Edward Theberton e Thursday Msigwa, atuou profissionalmente em periferia de grandes cidades, prisões e países como o Zimbábue e a Tanzânia, além de outros do Leste Europeu e América Latina. A partir de sua experiência como médico e de sua clara inclinação conservadora, desponta como um crítico cultural e social implacável, avesso à celebrada noção de “Estado de bem-estar social”. É membro sênior do Manhattan Institute e colabora com veículos como The Times, The Salisbury Review, National Review, The Daily Telegraph, The Observer e The Spectator. Recebeu o Prêmio da Liberdade, em 2011, na Holanda.
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