Muitas pessoas, se não a maioria, consideram o gosto literário como um mero adereço elegante, um requisito indispensável para um homem que se preze. Essa atitude não é só equivocada, como também fatal para a formação do gosto literário. A literatura não serve para entreter as pessoas nas horas de lazer, mas sim para despertá-las para a vida. Não afeta só uma, mas todas as vinte e quatro horas do dia. Serve para mudar completamente a nossa relação com o mundo. É, antes de tudo, um meio de vida, e formar o próprio gosto literário é aprender como fazer melhor uso desse meio.
Embora determinado a tomar posse da literatura, o leitor freqüentemente pode se deparar com muitas dúvidas: Por que um clássico é um clássico? Por onde começar? Como ler um clássico? Para muni-lo de uma bússola literária, Arnold Bennett tece inicialmente uma série de considerações e recomendações gerais, fornece uma lista dos grandes autores e livros da literatura inglesa, para depois ensinar, por meio de exercícios práticos, a melhor maneira para se abordar e tirar proveito de um clássico. Guiado por um dos grandes romancistas ingleses do século xx, o leitor aprenderá a avaliar e desfrutar da grande literatura.
Sobre o autor
Enoch Arnold Bennett (1867–1931) foi autor de dezenas de livros. Antes de se dedicar totalmente à escrita, em meados de 1900, Bennett trabalhou como jornalista e, a partir de 1894, como editor da revista Woman. Em 1903 mudou-se para Paris, para onde convergiam à época escritores de todo o mundo, nos bairros de Montmartre e de Montparnasse. Passou os oito anos seguinte escrevendo romances e peças, entre os quais The Old Wive’s Tale, grande sucesso publicado em 1908. Além do romance e do teatro, Bennett teve escritos adaptados para o cinema e publicou livros não-ficcionais, sendo o mais popular deles este How to Live on 24 Hours a Day. Faleceu em Londres, na Baker Street.
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