Em um esforço admirável de erudição e síntese, Modris Eksteins traça os paralelos entre as vanguardas artísticas modernistas, com sua sede por uma arte total, e o surgimento e desenrolar da Primeira Guerra Mundial, a guerra total. Mundialmente premiado, o livro que o leitor tem em mãos segue ele mesmo a estrutura de um drama em três atos. O cenário é Berlim, Paris, os campos de Flandres e as trincheiras. Seus personagens são artistas, escritores e políticos, que escreviam — sem saber — o roteiro da tragédia que eles próprios encenavam.
No balé de Stravinsky que dá título ao livro, o público é transportado a um festival pagão de boas-vindas à primavera. Mas o que começa com a celebração da vida termina com o sacrifício de uma jovem. No pano de fundo histórico, um ano após a estréia do balé a Europa se veria imersa no conflito mais sanguinário que o mundo conhecera até então. Milhões de jovens que, no início do século, clamavam pela novidade e celebravam os novos tempos, se tornariam então as vítimas sacrificais da nova era que se iniciava.
Sobre o autor
Modris Eksteins é um historiador nascido em Riga, capital da Letônia, em 1943. Seu pai era um pastor batista que cedo emigrou com a família para o Canadá, morando a princípio em Winnipeg, e depois em Toronto. Lá, Eksteins fez seus estudos, formando-se em História pela Universidade de Toronto, e posteriormente doutorando-se em Oxford. A partir de 1970 lecionou no campus de Scarborough da Universidade de Toronto, onde se aposentou como professor emérito de História no ano de 2010. Além de seu premiado A sagração da primavera, Eksteins é autor de outros grandes estudos sobre a modernidade europeia como Walking Since Daybreak, sobre a Segunda Guerra Mundial, e Solar Dance, onde parte da arte de Vicent van Gogh para examinar o conceito de verdade no século XX.
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