Em “A cultura importa”, lançamento de Roger Scruton, o autor defende a cultura ocidental contra as críticas internas e os inimigos externos e argumenta que os rumores de sua queda são completamente exagerados, que suas raízes vão além de uma estrutura social que pode ser golpeada pela política e pelos costumes.
Scruton mostra que a cultura ocidental é uma fonte inesgotável de conhecimento moral e o sarcasmo em voga que a classifica como “nada mais que um legado inútil de homens brancos europeus” deve ser permanentemente refutado. Permeando as artes, a filosofia, entre outros itens constituintes de nossa cultura, defende o que T. S. Eliot chamou de “busca comum do verdadeiro julgamento” em contrapartida aos ataques dos novos acadêmicos.
Roger Scruton é insistente em seu apelo à nossa civilização, que, mais do que nunca, necessita de autoconhecimento e autoconfiança, coisas que apenas a cultura tradicional pode oferecer, mostrando, em especial, que aquela liberdade e autonomia que tanto se busca com filosofias confusas e progressismos políticos atabalhoados, já foi alcançada com a clássica cultura ocidental.
Sobre o autor
Roger Scruton é um dos mais importantes filósofos da atualidade, membro da Royal Society of Literature e condecorado com a medalha da Ordem do Império Britânico. Foi por mais de vinte anos professor na Universidade de Londres e lecionou nos últimos anos de vida na Universidade de Buckingham. Foi um pensador extremamente ativo, já havendo, além das suas produções acadêmicas e participações na imprensa, escrito romances, composto óperas e gravado um documentário para a BBC chamado Por Que a Beleza Importa? Concentrou-se academicamente em filosofia da arte, compondo o conselho editorial do British Journal of Aesthetics. É autor de best-sellers em estética e em filosofia política e foi o fundador da revista de orientação conservadora The Salisbury Review. Durante a Guerra Fria, empenhou-se pessoalmente no estabelecimento de universidades e centros acadêmicos clandestinos em países da Europa Central que então pertenciam à URSS.
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