A vida do dia a dia do comunismo, reconstituída por 95 autores: escritores, médicos, atores, professores, engenheiros, operários, etc. Cerca de 360 pequenas narrativas cujo fio vermelho é o absurdo, e aqui a cor do fio é mesmo justificada. Fatos diversos de casa, do serviço, das férias, da escola e da faculdade, do trabalho patriótico, das viagens. Os problemas administrativos, o amor e tudo o mais que depende da própria vida.
O livro não contém ideologia nem parte de premissas políticas. Se dele resulta uma conclusão política ou uma volúpia estética, este é um problema íntimo do leitor.
Pode-se percorrer como um romance (os fragmentos dele ligam-se numa narrativa dramática), pode-se seguir como um filme cheio de situações loucas, impossíveis, do tipo Good bye, Lenin! Ou, para os que sofrem de impaciência, pode-se zapear.
Faz-te chorar, rir, pensar. Fortalece a memória e recomenda-se em especial para os esquecidos.
Sobre o autor
Ioana Pârvulescu (nascida em 1960) é uma escritora romena. Nasceu em Brașov e estudou na Universidade de Bucareste. Formou-se em 1983 e concluiu o doutorado em literatura em 1999. Ensina literatura moderna na mesma universidade.
Trabalhou na revista literária România literară e traduziu as obras de Maurice Nadeau, Angelus Silesius e Rainer Maria Rilke. É membro do Sindicato dos Escritores Romenos. Em 2013, Pârvulescu ganhou o Prêmio Europeu de Literatura por seu livro Viața începe vineri (A vida começa na sexta-feira). Em 2018 ganhou o prémio profissional no concurso de escrita do Prémio da União Europeia para a Literatura pela sua obra de ficção curta “A Voice”.
Dois de seus livros mais recentes são Inocenții/The Innocents (2016) e Prevestirea/The Prophecy (2020).
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