A presente obra engloba, num mesmo texto, acrescido de contribuições novas, palestras radiofônicas pronunciadas pelo autor. Tamanha tem sido sua receptividade junto aos ouvintes que, em grande parte, tiveram de ser repetidas, encontrando igual interesse e repercussão. Este livro apresenta, em linguagem acessível à generalidade das pessoas, conteúdos de grande complexidade e abrangência, como os problemas fundamentais da psiquiatria e da psicoterapia. Utilizando-se de uma linguagem simples, descontraída, Viktor E. Frankl comprova neste livro, uma vez mais, ser viável comunicar com clareza reflexões profundas e temas de difícil compreensão sem socorrer-se de trivialidades de linguagem com vistas a um falso populismo.
“Não lhes falo como filósofo ou não lhes falo somente nessa condição. mas como psiquiatra. Nenhum psiquiatra – e nenhum psicoterapeuta – poderá dizer a um cliente o que é o sentido. Poderá, todavia, dizer-lhe com veracidade plena que a vida tem um sentido. E, mais do que isto, que este sentido se preserva incólume sob todas as condições, e em todas as circunstâncias, graças à possibilidade de se encontrar sentido também no sofrimento. Trata-se da capacidade de transfigurar em realização o sofrimento experimentado em nível humano. Em suma. de dar testemunho do que o homem é capaz até mesmo nos momentos de fracasso. Em outras palavras, consoante o que Lou Salomé escreveu para Sigmund Freud, quando este “não chegava a bons termos com a existência em declínio”: é relevante que a “arte de alguém sofrer solidariamente por todos nós sirva como sinal daquilo de que se é capaz”. – Viktor Frankl
Sobre o autor
Viktor Frankl, psiquiatra austríaco de origem judaica, foi um sobrevivente do Holocausto e o fundador da logoterapia, ou terceira escola vienense de psicoterapia. Alguém que sofreu as agruras do século XX, tendo chegado a mendigar na infância durante a Primeira Guerra Mundial, foi em campos de concentração, entre os quais Auschwitz, que deu corpo à sua teoria sobre a psicologia humana e o sentido da vida. Correspondeu-se longamente com Sigmund Freud, Alfred Adler e Wilhelm Reich, mas destacou-se internacionalmente como um pensador original. Foi professor de neurologia e psiquiatria na Universidade de Viena e professor convidado em Harvard e em Stanford. O livro em que narra a experiência do campo de concentração a partir da visão de um psiquiatra foi incluído na Biblioteca do Congresso dos EUA na lista dos dez livros que mudaram a história da humanidade. Chegou a ser nomeado para o Prêmio Nobel da Paz e integrou a Academia Austríaca de Ciências. Esteve no Brasil em três oportunidades, e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi uma das várias universidades do mundo a lhe conceder o título de doutor honoris causa.
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