“Se as feministas não querem que você leia, então você deve ler. No mesmo ano em que sofreu os primeiros grandes ataques por parte da militância, a autora comemorou o lançamento de seu Personas sexuais, que foi ‘relativamente bem recebido pela maioria dos críticos’. Enquanto isso, a maioria das feministas, ao contrário, se enfureceu mesmo sem conhecer a obra, só de ouvir falar. Com primeira publicação datada de 10 de setembro de 1990, a tese demonstra a independência de pensamento que Camille usa para se autodefinir: ‘O meu feminismo libertário, que vai beber ao que há de melhor no liberalismo e no conservadorismo, … põe a liberdade de pensamento e a liberdade de expressão acima de qualquer ideologia. Sou, em primeiro lugar, intelectual e só em segundo feminista’. […] O leitor deve entender este livro como uma oportunidade raríssima de ler um trabalho acadêmico interessante escrito por uma feminista inteligente. Espero que essa leitura o ajude a compreender como uma escritora antifeminista como eu pode ter uma professora feminista entre seus autores contemporâneos preferidos. Quase tudo é possível quando você está disposto a aprender de verdade”
— Ana Caroline Campagnolo
Sobre a autora
Camille Anna Paglia nasceu em Endicott, no estado de Nova York, em 1947. É Ph.D. pela universidade de Yale, com formação em artes e literatura inglesa, e foi discípula de Harold Bloom. Atua como docente da Universidade das Artes em Filadélfia, Pensilvânia, desde 1984. Embora se defina como feminista e transgênero, sua atuação intelectual audaciosa faz com que seja criticada e perseguida pelos agentes desses movimentos. Ficou conhecida por sua defesa da liberdade de expressão e por desafiar o que chamou de “elite esquerdista”, que inclui políticos e acadêmicos. Sua abordagem perspicaz e destemida dos temas em voga faz com que a autora continue a influenciar debates e deixar uma marca no panorama contemporâneo. Personas sexuais foi rejeitado por sete editoras antes de ser publicado em 1990, para tonar-se em seguida um best-seller. Ela argumenta como a natureza humana carrega uma força dionisíaca inerente, que a cultura e a civilização tentam conter.
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