A base da literatura grega sempre esteve ligada ao ciclo de poesias épicas e especialmente ao nome do seu maior poeta: Homero. Odisseia e Ilíada, dois poemas de rara e extraordinária beleza, formam juntos o grande pilar da cultura ocidental. Todavia, especificamente a Odisseia é, depois da Bíblia, o livro que mais influenciou a nossa literatura.
A narração dos últimos quarenta dias do retorno de Odisseu a sua Ítaca, depois de vinte anos ausente, prende com maior fascínio a atenção do leitor não apenas pelas diferenças entre os dois heróis — Aquiles, protagonista da Ilíada, é um jovem e arrebatado guerreiro, enquanto Odisseu, um homem maduro, de grande experiência e com admirável domínio de si mesmo —, mas sobretudo por se tratar de um romance puro, de enredo bem arquitetado.
Acompanhada de prefácio, introdução e dicionário dos principais personagens, termos e lugares, a clássica e consagrada tradução de Carlos Alberto Nunes oferece ao leitor toda a beleza e a musicalidade do original grego dos episódios dessa jornada, desde o encontro com o gigante Polifemo à descida ao Hades, da perturbadora recepção da feiticeira Circe ao canto das sereias: todos eles símbolos primordiais da cultura ocidental.
Sobre o autor
Homero (em grego: Ὅμηρος, transl. Hómēros) foi um poeta épico da Grécia Antiga, ao qual tradicionalmente se atribui a autoria dos poemas épicos Ilíada e Odisseia.
Os gregos antigos geralmente acreditavam que Homero era um indivíduo histórico, mas estudiosos modernos são céticos: nenhuma informação biográfica de confiança foi transmitida a partir da antiguidade clássica, e os próprios poemas manifestamente representam o culminar de muitos séculos de história contadas oralmente e um bem desenvolvido sistema já muitas vezes usado de composição poética. De acordo com Martin West, “Homero” não é “o nome de um poeta histórico, mas um nome fictício ou construído”. Para o historiador e filósofo Richard Tarnas, Homero – independentemente da polêmica sobre sua existência histórica – foi “uma personificação coletiva de toda a memória grega antiga”.
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