A doutrinação lembra a propaganda, o condicionamento; mas é antes de tudo uma forma de ensino. Então, o que torna o ensino uma doutrinação: Intenção? O conteúdo? O método? O autor considera essas três respostas sucessivamente, para mostrar o que há de necessário e de insuficiente nelas. A sua análise leva-o a discutir certas noções-chave, como propaganda, neutralidade acadêmica, secularismo, ideologia, pedagogias não-diretivas, etc. Uma segunda parte estuda a doutrinação a partir de três casos concretos: 1° A lavagem cerebral, praticada por certas seitas e certos regimes; 2° A “educação total” do hitlerismo, tão pouco conhecida em França, à qual o livro dedica um longo capítulo; 3° O ensino atual, que alguns criticam por estar ao serviço da “ideologia dominante”: devemos portanto concluir que todo o nosso ensino nada mais é do que um vasto empreendimento de doutrinação?
Sobre o autor
Olivier Reboul (17 de abril de 1925 – 17 de dezembro de 1992) foi um filósofo francês. Ele era especialista no filósofo Alain, e seus outros principais campos de pesquisa foram a retórica e a filosofia da educação. Reboul foi um importante filósofo da educação do século XX. Seu trabalho continua a ser relevante para os debates atuais sobre o papel da educação na sociedade.
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