A consciência e seus inimigos, de Robert P. George é um grande tratado de filosofia moral conservadora, que abarca desde polêmicas políticas do cotidiano, até uma explicação mais profunda sobre como o Direito Natural tomista ainda continua sendo a melhor resposta psicológica e filosófica para a sociedade moderna.
O ponto alto da obra está na defesa da consciência individual dos homens e, assim sendo, o texto se torna paradoxal, pois, ainda que o autor argumente com autoridade e fundamento em defesa de uma visão conservadora de mundo no terreno dos costumes e da moral, logo em seguida ele expõe uma das defesas mais liberais e profundas da sacralidade da liberdade de consciência de cada indivíduo.
Na esteira dos grandes clássicos liberais e libertários, tal como A teoria dos sentimentos morais, de Adam Smith, e Ação humana, de Ludwig von Mises, a partir da perspectiva da tradição filosófica conservadora, o livro se apresenta como mais um brilhante clássico ocidental da defesa da liberdade individual, um dos mais claros e precisos sobre a temática.
Sobre o autor
Robert P. George (n. em 1955) é Professor de Filosofia e Teoria do Direito, detentor da Cátedra MacCormick na Universidade de Princeton, onde é director da James Madison Program in American Ideals and Institutions. Fez parte da Comissão para os Direitos Fundamentais, por nomeação do Presidente dos Estados Unidos ,e desempenhou funções de Assessor Jurídico no Suprimo Tribunal de Justiça dos Estados Unidos, tendo recebido o Prémio Justice Tom C. Clare m 1990. Formou-se na Harvard Law School e obteve o seu doutoramento em Direito na universidade de Oxford. Entre os seus livros contam-se: Making Men Moral,(1995), In Defense of Natural Law, (1999), Conscience and Its Enemies: Confronting the Dogmas of Liberal Secularism (2013).
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