Obra-prima do gênero épico, a Ilíada representa o nascimento e o momento fundador de toda a tradição literária do Ocidente. Composta de material heterogêneo e da mais variada procedência, podemos observar na Ilíada o gênio literário de Homero, o maior dos poetas, em todo seu vigor criativo de linhas sóbrias e de equilíbrio perfeito.
A narração dos cinquenta dias do nono ano da guerra de Troia conduz o leitor pela inicial ira de Aquiles, herói invencível e líder do exército aqueu, contra Agamémnone, culpado de ter sequestrado a formosa Briseide, até o desfecho no funeral de Heitor, o guerreiro troiano demasiado humano que viu seus homens derrotados pela astúcia de Odisseu. É nessa multiplicidade de episódios que surgem as figuras de Aquiles, Páris, Helena, Heitor, Menelau, Odisseu, Agamémnone e tantos outros.
Acompanhada de prefácio, introdução e dicionário dos principais personagens, termos e lugares, a clássica e consagrada tradução de Carlos Alberto Nunes oferece ao leitor toda a beleza e a musicalidade do original grego desse insuperável modelo da literatura ocidental.
Sobre o autor
Homero (em grego: Ὅμηρος, transl. Hómēros) foi um poeta épico da Grécia Antiga, ao qual tradicionalmente se atribui a autoria dos poemas épicos Ilíada e Odisseia.
Os gregos antigos geralmente acreditavam que Homero era um indivíduo histórico, mas estudiosos modernos são céticos: nenhuma informação biográfica de confiança foi transmitida a partir da antiguidade clássica, e os próprios poemas manifestamente representam o culminar de muitos séculos de história contadas oralmente e um bem desenvolvido sistema já muitas vezes usado de composição poética. De acordo com Martin West, “Homero” não é “o nome de um poeta histórico, mas um nome fictício ou construído”. Para o historiador e filósofo Richard Tarnas, Homero – independentemente da polêmica sobre sua existência histórica – foi “uma personificação coletiva de toda a memória grega antiga”.
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