“Só não direi que a curta e feliz existência de uma esperança foi o canto de cisne da direita liberal para não ser acusado de elevar, na escala estética das espécies animais, uma facção política que se deixou assar como um pato”. Este quinto volume da série O que restou do Imbecil traz todos os artigos que Olavo de Carvalho publicou no ano de 2002 — para quem não se lembra, ano de eleições, precisamente as que elevaram, pela primeira vez, Luiz Inácio Lula da Silva e o PT ao poder. Interligando acontecimentos nacionais e internacionais, recentes e longínquos, o autor tentava mostrar ao país quem realmente era Lula, e que aquele pleito não passava de um teatro, montado para ocultar o fato de que, por meio da estratégia gramsciana, a esquerda já tinha ocupado todos os espaços e criado para si uma falsa direita. Duas décadas depois, com o mesmo personagem de volta à presidência, reler esses apelos pode ser ao mesmo tempo alarmante e esclarecedor.
Sobre o autor
Olavo de Carvalho, nascido em Campinas-SP, em 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia “científica”. Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica.
Comentários
Nenhum comentário ainda.