Hugo de São Vítor foi certamente um dos homens mais célebres de seu tempo por suas virtudes e por sua ciência, o mais renomado de todos os vitorinos. Nascido na Saxônia em 1096, foi professor e diretor da escola do Mosteiro de São Vítor, além de prior deste mesmo mosteiro e bispo. Baseada na tradição cristã e nas Escrituras, toda a sua pedagogia visava formar os estudantes para alcançarem a contemplação, o último grau da Sabedoria — com a qual “tem-se um antegosto nesta vida do que será a recompensa futura” —, uma formação integral que proporcionasse a união com Deus.
Na Instrução dos principiantes, Hugo apresenta o treinamento em que eram conduzidos, sob a guia do mestre de noviços, os recém-chegados à escola, cujo objetivo era aprender “o bom termo e a medida adequada em todas as palavras e ações”, isto é, a disciplina: como se comportar e governar o corpo — no caminhar, nos gestos, na fala, no tratamento dos outros e nos modos à mesa. Esse aprendizado de autodomínio corporal era anterior ao estudo das letras descrito no Didascalicon, pois, segundo o mestre, “os movimentos desordenados do corpo refletem a corrupção e a dissolução da mente”, e, para ingressar no caminho da sabedoria, é preciso antes imprimir na mente, pela disciplina do corpo, a forma da virtude.
Sobre o autor
Hugo de São Vítor foi um dos expoentes da educação, não só cristã, mas ocidental, e um dos maiores teólogos da história, ao lado de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino; foi certamente um dos homens mais célebres de seu tempo por suas virtudes e por sua ciência, o mais renomado de todos os vitorinos. Nascido na Saxônia em 1096, foi professor e diretor da escola do Mosteiro de São Vítor, além de prior deste mesmo mosteiro e bispo. Toda a sua pedagogia visava formar os estudantes, não para o desempenho de determinadas funções na sociedade, mas para alcançarem a contemplação, o último grau da sabedoria.
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