Vivemos numa época extremamente politizada. Guerras culturais e conflitos cada vez mais partidários têm reduzido a discussão pública a meras gritarias em disputas ideológicas. Mas ao invés de apenas lamentarmos a vulgaridade das palavras de ordem de nossa época, devemos, segundo Gregory Wolfe, enriquecer a linguagem e elevar os debates através de um retorno às raízes mais profundas de nossa cultura, dialogando com grandes artistas e pensadores de outras épocas, mas sem perder a sensibilidade e as características do nosso tempo. Como insiste o próprio Wolfe, “se a arte não pode salvar nossas almas, pode ao menos fazer muito para remir a época, dando uma verdadeira imagem de nós mesmos, tanto no horror e tédio a que estamos sujeitos, quanto na glória que, por raros momentos, podemos ter o privilégio de vislumbrar”.
Sobre o autor
Escritor, professor e editor, Gregory Wolfe é um dos pioneiros do ressurgimento do interesse na relação entre arte e religião. É um defensor de uma linha de Humanismo Cristão que se apoia em um pensamento não-ideológico, independente e que procura nas artes uma verdadeira expressão do nosso tempo, sem perder o seu diálogo com a tradição artística que marcou a nossa cultura.
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